O documentário “Mission Blue” ilustra a beleza e a importância dos oceanos ao retratar a incrível jornada da cientista e bióloga marinha Sylvia Earle. Sylvia é uma pesquisadora, figura importante no reconhecimento da força da mulher; atingiu relevantes cargos e quebrou estereótipos. Há 60 anos ela explora os oceanos, presenciando a diversidade da vida aquática e lutando pela sua preservação.
Os oceanos são reguladores da temperatura terrestre, possuem uma imensidão em vida - como algas e plânctons, os quais produzem mais da metade do oxigênio da atmosfera terrestre -, têm significativa importância para os seres vivos e impactam diretamente em todos os ecossistemas existentes. Devido à sua imensidão, muitos os negligenciam, confiando em sua resiliência. Entretanto, o filme evidencia que não é bem assim. A recomposição dos oceanos pode ser dificultada mediante às ações impactantes realizadas. A pesca é uma delas, capaz de extinguir espécies e alterar drasticamente a cadeia alimentar; há também o descarte de lixo; a agricultura, que devido aos fertilizantes carreados ao mar, aumenta o nível de matéria orgânica, o que diminui o oxigênio disponível para animais deste habitat; os vazamentos de petróleo, dano ambiental gravíssimo e a problemática do excessivo uso de combustíveis fosseis, um dos principais responsáveis pelas mudanças climáticas, sendo esta nociva aos oceanos.
Diante de todas essas problemáticas, Sylvia ressalta a sua missão azul: proteger os oceanos da mesma maneira que hoje protegemos a terra. Dessa forma, as áreas de preservação deveriam ser ampliadas - apenas 1% desse habitat é protegido . Assim como há os “hotspots”, a pesquisadora diz que deveriam haver os “hopespots”, de modo que a qualidade e a diversidade da vida marinha seja mantida e perpetuada ao longo dos anos. “Mission Blue” está disponível na Netflix, vale a pena conferir!
