WALL-E

walle.png“WALL-E” é uma animação lançada em 2008 pela Disney e Pixar, que teve como roteirista e diretor Andrew Stanton. O filme se passa na Terra e no espaço. Em 2105, a humanidade foi despachada para o espaço para viver em uma nave espacial, pois a Terra tornou-se inabitável por conter em si grandes quantidades de lixo e gases tóxicos. A nave espacial é dotada da mais alta tecnologia, com direito a robôs que facilitam e desempenham diversas atividades para os humanos. Enquanto os filhos de Adão vivem, nas alturas, em um paraíso tecno-material, na Terra há os robôs do tipo WALL-E, responsáveis por compactar e organizar todo o lixo. No ano de 2700, tempo em que se passa a narrativa, um robô da série Eva chega à Terra com o propósito de verificar a existência de alguma forma de vida vegetal. Durante esta missão, Eva encontra um solitário WALL-E, o último de seu modelo, e eles vivem diversas aventuras, lutando pelo retorno dos humanos para a Terra.

O filme levanta reflexões sobre o consumismo desenfreado, o descarte inadequado de resíduos, a poluição descontrolada e o esgotamento dos recursos naturais. Além disso, cabe a reflexão sobre o caráter ambíguo da tecnologia: ao mesmo tempo, ela é libertadora e senhoria; auxilia e aliena a experiência humana; constrói maravilhas cobrando altíssimos preços. Todos os problemas do futuro distópico de “WALL-E” parecem girar em torno da alienação da experiência humana pela tecnologia; as telas, os robôs, os plásticos e os metais se tornaram anteparos muito densos entre as pessoas e o mundo real. Tão densos que a experiência legítima com o mundo foi relegada a um robozinho que, por isso, tornou-se capaz de rir e de amar; tornou-se mais humano do que os seus criadores.

“WALL-E”, portanto, é um filme criativo e cativante, abrangendo também aspectos ambientais. Que tal embarcar nessa divertida história de romance, diversão e vontade de salvar o planeta? Reaprendendo a dar valor às mínimas coisas como o toque, o diálogo presencial e a natureza. Vale a pena assistir!