Ararinhas-azuis extintas há mais de 20 anos foram soltas na Caatinga

Junho 20, 2022
ARARINHAS AZUISEspécies de Ararinhas-azuis, que eram consideradas extintas há mais de duas décadas, foram soltas em seu habitat natural, na caatinga. A última ave, observada por pesquisadores, desapareceu, no Brasil, em 2000. Entretanto, em 2020, o ICMbio, diante do Projeto de Reintrodução de Ararinhas-azuis, recebeu 52 espécies, enviadas pela instituição alemã Association for the Conservations of Threatened Parrots (ACTP), para que a espécie fosse reintroduzida à natureza.

As Ararinhas foram/estão mantidas em um viveiro, que contêm condições necessárias às adaptações das aves, tais como o convívio com araras-maracanã, treinamento de vôo, reconhecimento de predadores e alimentação, semelhante ao encontrado à natureza. Após 2 anos de adaptação, 5 fêmeas e 3 machos de Ararinhas-azuis foram reintroduzidas (juntamente com 8 Araras-maracanã) ao Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul e a Área de Proteção Ambiental da Ararinha-Azul. Essas unidades de conservação somam 120 mil hectares e foram criadas em 2018, no município de Curaçu (Bahia).

Os pesquisadores irão monitorar as aves através de um pequeno colar de tremetria que foi colocado no pescoço das Ararinhas-azuis. Elas também podem voltar ao recinto onde foram soltas ou se alocarem em caixas colocadas, pelos pesquisadores, em árvores, que funcionam como refúgio de predadores. Em dezembro, os pesquisadores pretendem soltar mais 12 aves, que serão guiadas, não mais pelas araras-maracanã, mas sim pelas próprias ararinhas-azuis que foram reintroduzidas à caatinga neste mês de junho.

Fonte: oeco.org; cnnbrasil