Mudanças podem aprimorar o monitoramento da qualidade da água de rios em SP

Maio 31, 2023

17-05-2023Um estudo realizado pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP avaliou pontos de monitoramento da qualidade da água nos rios do Estado de São Paulo. O objetivo do estudo foi de apresentar subsídios para a melhoria da rede de monitoramento da qualidade da água de rios de São Paulo (em relação à localização de pontos, frequência e parâmetros) e estimar concentrações de referência para alguns parâmetros de qualidade da água, como possível critério de enquadramento de rios classe especial na área de estudo.

Para aprimorar o monitoramento, Almeida sugere uma definição clara dos objetivos a serem atendidos em cada ponto, revisão periódica de sua distribuição, frequência e parâmetros, e adoção de estratégias flexíveis, que considerem as características naturais e da atividade humana de cada UGRHI. “Também é recomendada a publicação das metodologias utilizadas para o planejamento e revisão da rede. Isso possibilitará uma análise crítica dos diversos setores da sociedade e um processo de melhoria contínua das metodologias empregadas”, enfatiza. “Por fim, seria interessante expandir o monitoramento em áreas de reduzido impacto humano, para avaliar o atual estado de degradação dos rios e estabelecer metas progressivas para melhoria da qualidade da água, além de rever os limites de alguns parâmetros.”

Nas UGRHIs avaliadas, as sugestões da pesquisa são a desativação de pontos de monitoramento redundantes e expansão da rede para áreas pouco representadas pelos pontos existentes. “Seria necessário um incremento do número de pontos que atendam ao objetivo de estabelecimento de condições de referência, no caso, de mínimo distúrbio humano”, observa Almeida. “Ao mesmo tempo, poderiam ser adotadas frequências de monitoramento flexíveis nas UGRHIs, em algumas seria semestral, em outras bimestral, para manter um grau similar de informação, e a redução de alguns parâmetros nas sete UGRHIs estudadas por apresentarem reduzida variação espacial e temporal.”

Referência: https://jornal.usp.br/ciencias/mudancas-podem-aprimorar-o-monitoramento-da-qualidade-da-agua-em-rios-de-sp/